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sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Vencendo medos Parte II

Como prometido aqui vai a minha segunda parte :) 
Quando o João Gabriel estava com 4 anos, decidimos que era a hora, eu com 30, perfeito, parei o remédio, veio a menstruação, ta nada de desespero, é assim mesmo (só por fora né? Porque por dentro as dúvidas não paravam) segundo mês uma cólica chata e um pequeno sangramento, agora acho que está tudo errado. Marquei um médico que me pediu uma ultra, mas iria demorar um pouco, impaciente e sem menstruação pequei um teste de farmácia e fiz, desta vez, escondi até do meu marido, deu positivo, minha vontade era de gritar, chorar, mas consegui segurar, deixei o João na creche, fui trabalhar e na hora do almoço, comprei um sapatinho de crochê e pedi para a moça embrulhar pra presente, junto com o palitinho do teste.
            Desta vez eu consegui, fiz surpresa pro meu marido e enfim caí no choro.
            No quarto ultrasom, levei a família inteira, marido, filho, mãe e pai, a médica olha pra tela e olha pra mim, - “Você acha que é menino ou menina?”, com a voz bem baixa com medo disse que achava que era menina, a médica abriu um sorrisão e disse? – “Acertou mamãe, tem uma menininha aí” Meu Deus do céu, não cabia tanta felicidade, meu casalzinho, minha dupla.
            A segunda gravidez foi um pouquinho mais complicada, mais dores, mais enjoos, mas consegui engordar menos.
            Quando estava de 8 meses, um certo dia a Maria Beatriz resolveu ficar quietinha, eu cutucava a barriga, mexia pra lá, mexia pra cá e nada dela mexer, sem pensar 2 vezes, fui ao pronto socorro, chegando lá o médico colocou o aparelho para ouvir o coraçãozinho dela, foi só ouvir o coração que comecei a sentir os movimentos, a sapeca já estava me pregando a primeira peça.
            No dia 31 de Janeiro de 2012, passei pela minha consulta do pré natal, fiz a matrícula do João na escolinha, fiz tudo o que tinha pra fazer, mas alguma coisa estava me incomodando, minha mãe ficava ligando para ir ao pronto socorro, pois estava passando da hora, o médico do pré natal disse que ainda não era hora, meu marido meio bravo dizendo que não iria me levar só porque minha mãe estava falando que era hora, nessa hora eu desabei a chorar, estava doendo, eu estava com medo de ter que fazer cesariana e todo mundo no meu ouvido, aí fui firme com meu marido – “Eu quero ir ao médico, não estou bem” Passei pela consulta e o médico estava indo para o mesmo lado que o outro: - “Seu colo ainda esta alto, vai demorar mais um pouco”, mas acho que ele percebeu minha expressão de medo e angústia e fez novamente um exame e olhou a cor do líquido, justo nessa hora veio à contração, ele disse que eu estava entrando em trabalho de parto, mas que o colo estava alto, fiquei internada rezando para que fosse parto normal.
            Com muita dor e quase desistindo e pedindo uma cesariana, as enfermeiras me levaram para a sala de parto, foi muito engraçado, pois correram chamar meu marido, pediram para parar de fazer força, mas não dava pra parar, a Maria queria sair, foi só me colocar na maca que ela saiu, quando meu marido chegou à sala de parto, ela já estava em meu colo, do jeito que eu havia imaginado, chorando, segurando a minha mão, um sonho.
            E os medos? Ah esses devem ser eternos, hoje o João Gabriel tem 8 anos e a Maria Beatriz tem 4, mas cada etapa tem seus medos, ser mãe é viver uma aventura por dia, é curar dodói, ser chefe de excursão, chef de cozinha, artista plástica, cantora, atriz, professora, confidente, juíza, promotora e advogada, tudo ao mesmo tempo.
            E o tempo pode ser nosso maior amigo, pois ao final da jornada olharemos para trás com a certeza de termos aproveitado muito bem cada segundo que passamos com os filhos, apesar dos medos, das angústias, conseguimos passar por tudo e criamos pessoas de bem, verdadeiros seres humanos, e isso é o melhor que posso fazer para o mundo, deixar um ser do bem que pensará no próximo, será amado e amará a tudo e a todos.

            Para mim família é isso, construir o melhor, dar amor, plantar este amor, ensinar o respeito, dar exemplo, superar os medos e qualquer desafio que vier, sei que não posso tudo, não sei tudo e nem tenho a pretensão de saber, mas seguindo meus instintos e o meu coração, conseguirei construir o alicerce para minha família ser o mais feliz possível.


Obrigada.
Agradeço a Deus todos os dias por este presente que é ser mãe.

Carinhosamente
Priscila Pereira
priscilappereira@gmail.com.br

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