Ads 468x60px

Labels

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Vencendo Medos parte I


 Acredito que o maior desafio de ser mãe é superar os medos, quando o filho é planejado, temos o medo de não conseguir engravidar, se vem no susto vem o medo de contar aos pais ou ao namorado. Os meus bebês foram planejados e meus medos foram e são muitos, não sabia se teria leite, se era “forte” o bastante para ser mãe, tinha medo da cesariana, rezava todos para ter parto normal. Na minha primeira vez, aos 27 anos, parei de tomar a pílula e já fiquei mega ansiosa para ver a barriga crescer, fiz um teste de farmácia antes do período indicado e deu negativo, bom ainda tinha esperança, pois fiz no dia errado, a menstruação atrasou, e lá fui eu fazer o beta, exame de sangue, saia no mesmo dia, foi a pior decepção da minha vida, deu negativo, chorei rios, mas nada de menstruação.
Após uma bela bronca do meu marido, fiz um exame de farmácia novamente e tcham, POSITIVO, caramba e agora, tinha mesmo alguém crescendo dentro de mim, isso foi no dia primeiro de maio de 2007, na minha cabeça eu já havia planejado tudo, iria contar para a minha mãe no dia das mães como um presente. E quem disse que consegui? Cheguei na cada dela, e ela estava fazendo um bolo de chocolate, olhei pra ela e meus olhos já se encheram de lágrimas: - Mãe você vai ser Vovó, choradeira geral- ,não esperei pra contar pra ninguém, anunciava com a maior felicidade do mundo.
Mas depois da euforia os medos vieram, meu peso, peso do bebê, o que eu podia e não poderia comer ou beber, quando começava a mexer, primeiro ultrasom, muitas dúvidas. 9 meses intermináveis, fui ao hospital nos dia 21, 34 e 31 de dezembro de 2007 e nada, até que na madrugada do dia 4 de janeiro, sem conseguir dormir, assistindo ao filme “Os Reis do Iê Iê Iê”, senti uma coisa estranha e fui ao banheiro, opa tem uma aguinha saindo, acorda marido, liga pra mãe, pega a mala e vamos pro hospital.
Cheguei ao hospital por volta das 4 da manhã, a médica entrou com uma medicação, que me deu reação na hora, tudo girou, vomitei, pensei que já estava tudo perdido, morri. Correram chamar a médica e me deram outra injeção, voltei ao normal, ficava o tempo inteiro falando com minha barriga, “Vem logo João Gabriel mamãe quer te conhecer” ele nasceu por volta das 11:30, mas não chorou, não sei de onde eu tirei forças e calma para não atrapalhar os médicos, que ficavam repetindo: “Está tudo bem, ele só está cansado”, mas chamaram até a UTI Neonatal, nunca passei tanto medo, e nada do choro do meu pequeno, minha vontade era chorar, gritar, sair daquela cama e pegar minha cria nos braços, mas respirei fundo e esperei. Fui para o quarto e só pude vê-lo umas 4 horas depois, ele estava em um bercinho aquecido, só de fraldinha, de bumbum pra cima e respirando de maneira estranha, foi tudo muito diferente do que eu havia planejado, ele estava ali, mas ainda não o tinha pego no colo, dado o peito, sentido o seu cheiro. Até que chegou a enfermeira e o colocou em meus braços e pediu para eu tentar amamentá-lo, se não conseguisse ele teria que ficar na UTI mais um pouco, depois de uma longa “conversa” com ele, consegui amamentar e fui com meu pequeno ao quarto.
Quando sai do hospital, desabei no choro, era verdade mesmo, meu bebê estava comigo, no meu colo, olhando pra mim, me conhecendo, conhecendo o mundo.
Quando penso neste parto fico pensando o que será que deu errado, porque não enchi os médicos com perguntas, mas por outro lado, não quero saber de nada o importante é que tudo deu certo e hoje ele esta comigo, forte como um tourinho e mamou até os 2 anos e meio.
E os medos acabaram? Quem disse? A criança vai pra casa, aí você não sabe se o choro é de fome, de cólica, de frio, de calor, na dúvida, coloca no peito, vem pitaco daqui, pitaco dali, mas nesta hora, resolvi que iria seguir meus instintos, e não é que deu certo? A primeira etapa do meu sonho eu estava conseguindo, mas meu sonho sempre foi 2 filho, se possível um casal.
Será que consegui?
No próximo post eu conto um pouco mais sobre minhas aventuras
Carinhosamente

Priscila Pereira
priscilappereira@gmail.com

0 comentários:

Postar um comentário

 

Sample text

Sample Text

Sample Text